História

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História e Fatos interessantes sobre Acaiaca

Sobre Acaiaca

Acaiaca é uma cidade brasileira localizada no estado de Minas Gerais, conhecida por sua tranquilidade e beleza natural. Fundada em 1963, esta pequena cidade é um exemplo típico das charmosas cidades mineiras.

Ao entrar em Acaiaca, somos recebidos por ruas calmas e casas com arquitetura tradicional mineira. As fachadas são simples, muitas pintadas em cores claras, com janelas e portas em madeira, refletindo um estilo de vida pacato e acolhedor.

O centro da cidade é um ponto de encontro para os moradores. Lá, encontramos a igreja principal, que é um marco na comunidade. Com sua arquitetura religiosa típica, a igreja se destaca no cenário urbano, sendo um local de grande importância cultural e espiritual.

A natureza ao redor de Acaiaca é um de seus maiores tesouros. A cidade está cercada por montanhas e áreas verdes, oferecendo vistas deslumbrantes e oportunidades para atividades ao ar livre, como trilhas e piqueniques.

[Inserir imagem da paisagem natural ao redor de Acaiaca, mostrando montanhas e áreas verdes]

A cultura local é rica e está profundamente enraizada nas tradições mineiras. Festivais e eventos culturais são comuns, onde a música, a dança e a culinária típica mineira são celebradas, proporcionando um vislumbre autêntico do espírito comunitário e da herança cultural de Minas Gerais.

Acaiaca, portanto, representa um pedaço encantador de Minas Gerais, oferecendo um mergulho na cultura, na história e na beleza natural que caracterizam esta região do Brasil.

Fundação de Acaiaca

O início do povoado de Acaiaca se deu no início do século XVIII, quando uma Capela foi construída.

A primeira referência ao povoado ocorreu em 1727, quando o Padre Miguel Rabelo Alvim registrou o pedido de licença a Dom Frei Antonio de Guadalupe – Arcebispo da Diocese do Rio de Janeiro – pois não existia Diocese em Mariana, para a construção da Capela, em devoção a São Gonçalo, em sua fazenda, localizada em Ribeirão Abaixo, distrito da freguesia do Senhor Bom Jesus de Furquim. Registrou, também, escritura de doação de valores em ouro para a construção da referida Capela.

O templo foi assentado sobre um morro, na margem esquerda do Rio Carmo, e demolido em 1927, e hoje, em seu lugar, existe um grande cruzeiro.

Consta que o Padre Miguel Rabelo Alvim era proprietário de muitas terras, mas que, estas ficavam distantes do local onde celebrava as missas. Diante deste fato, a solução encontrada foi solicitar a construção da Capela de São Gonçalo, onde os cultos passaram a acontecer.

Com a morte do Padre, as terras ficaram sob a responsabilidade da Igreja. As famílias que se instalaram na área não possuíam título de propriedade. Posteriormente, estas terras foram consideradas devolutas e, consequentemente, passaram a ser do Estado.
Emancipação

Durante muito tempo, o pequeno povoado pertencia ao Termo de Mariana. Sua evolução histórica foi muito lenta.
Com o passar do tempo, o nome do povoado foi se alterando: de Ribeirão Abaixo passou para Barra do Carmo e Ubá de Furquim. Só em 15 de abril de 1844 foi criado o distrito de Ubá, anexado a Mariana.

A lei provincial n.° 2085 de 24 de dezembro de 1874, elevou o distrito à categoria de freguesia, com denominação de São Gonçalo de Ubá. A lei n.° 843, de 07 de setembro de 1923, mudou sua denominação para ACAIACA.

A paróquia de São Gonçalo foi instituída pelo Arcebispo D. Helvécio Gomes de Oliveira, por ato de 15 de abril de 1941, conservando o mesmo nome.

O município dói criado pela Lei n.° 2764, de 30 de dezembro de 1962, com território desmembrado do município de Mariana, constando unicamente do distrito da sede.

Localização e meio físico

O município de Acaiaca localiza-se no extremo oeste da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, que, por sua vez, limita-se com a Zona Metalúrgica, na porção sudeste do Estado.

Com um território de 102,15 Km2, tendo como vizinhos os municípios de Mariana, Barra Longa, Diogo de Vasconcelos, Guaraciaba e Ponte Nova.

Este município foi emancipado em 30 de dezembro de 1962, de acordo com a Lei 2764 e desmembrado do município de Mariana.

O território de Acaiaca é cortado pela rodovia MG 162, que liga Belo Horizonte a Ponte Nova, alem de fazer a interligação entre várias cidades da Zona da Mata e Metalúrgica. Ao percorrer esta rodovia, sentido Ponte Nova – Belo Horizonte, é possível observar duas unidades de relevo, características do município.

Nas comunidades de Palmeira de Fora, Mata Cães e Maracujá, há predomínio de um relevo ondulado, com elevações na forma de “meia laranja” e fundos de vales planos, cortados por pequenos cursos d’água, a exemplo do Ribeirão Mata Cães.

Já nas comunidades de Ouros, Boa Cama e Vieira e nos arredores da cidade, predomina um relevo mais acidentado, com encostas mais inclinadas e fundos de vale em “V”. Esta modalidade de relevo compreende cerca de 60% da área do município.

Na região há uma grande predominância de solos profundos (latossolos). Alguns córregos formam depósitos aluviais onde podem ser encontrados solos podzólicos e, em alguns pontos, solos hidromórficos.

Em termos de hidrografia, o município está localizado na Bacia do Carmo, sendo que a jusante de Acaiaca se une ao Rio Piranga para formar o Rio Doce, cuja bacia compreende uma área de drenagem de 83.400 Km2, dos quais 86% pertencem ao Estado de Minas Gerais e 14%, ao Estado do Espírito Santo.

A região de Acaiaca conta com uma ampla rede de drenagem, formada por inúmeras nascentes e córregos cuja utilização pela população é intensa.

O Rio Carmo possui uma calha profunda, observando-se uma queda de altitude, desde o ponto mais alto do município, no alto da Venda Nova (830m) ate o ponto mais baixo, localizado às margens do Rio Carmo (430m) e distante poucos quilômetros do primeiro ponto.

O clima é ameno, com temperatura média anual de 17,4o C (mínima de 13,1o C e máxima de 22,6o C). As precipitações ocorrem em torno de 1500 mm anuais, no período de chuvas – de outubro a março.

(*) Descending this mountain, we entered npon lhe estale of his Excel lency (**), called Fazenda do Barro, and were shewn the house at a Distance of nearly a league . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Having resided ai Barro some days, wc set ont for tlie Fazenda de Castro, distant abont seven miles . . . . . . . . . . This noble mansion was erectet by the first possessor of the district, Senhor Matthias Barbosa. It is very spacious and airy, having a gallery in front forty-eiglh yards long, to which open fourteen fotdingdoors …… It is situated near the conthuence of the Riberon dei Carmen and the Rio Gualacha, which torm the San José, a river as large as lhe Thames at Battersea.
We did not rest above an hour at this fazenda, it being our intention to visit the aldea or village of San José de Barra Longa, situatet on the confines of the territory inhabited by the Bootocoody Indians . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Afler travelling about four miles we arrived at the village.
(Pags. 183/190 da ob. cit.)
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(**) Dom Rodrigo de Sousa Coutinho, conde de Linhares.
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Sentença de um breve concedido ao dr Manuel Ribeiro de Carvalho e D. Luisa de Sousa e Oliveira :
«Vistos estes autos, os itens de premissas justificativas, que os recebo e hey logo por justificados e approvados, visto ser publico e notorio que, os Impetrantes o Doutor Manoel Ribeiro de Carvalho professo na Ordem de Christo, e Dona Luisa de Sousa e Oliveira, notoriamente consta serem pessoas nobres, que publicamente se traiam à lei da nobresa e as suas casas nobres, que tem na sua fazenda da Barra tem hum oratório separados dos usos domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (março de 1753).
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Uma memória sobre a comarca de Mariana, de 1757. assim se refere à fazenda da Barra : “Desta capella (São João do Crasto) correndo o seu curso o ribeirão do Carmo entra logo na freguezia de São Joseph da Barra Longa em distancia de duas léguas chega a hua cüstoza ponte fabricada de grossíssimas madeyras das mais duráveis ao Brasil, e logo ao pé della recebi em si o rio Gualacho do Norte entre a grandiosa fazenda do Dr. Manuel Ribeiro e a ponte, mediando somente o rio Gualacho do Norte entre a ponte, casas, capella e fabricas da fazenda ficando a Matriz pouco abaixo da ponte fabricada de novo com seu arraial de poucos moradores. (Na Rev. do Arch.Publ. Min. VoL Xl-719)
O segundo casamento de D. Luisa de Sousa
entemente = P. a V. Sá. se digne, precedendo primeiro informaçam do Rdo. Parocho da Barra se lhe parecer, admittir a justificar o referido, e justificado o que basta, e prestada fiança a huns e outros banhos, mandar passar provizão para se receberem no oratorio da caza da Suplicante—E. R. M. (1747—18 de novembro.
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D. Luísa era filha de João de Sousa da Silva e de Mariana de Oliveira da Silva; nat. da Candelária, Rio de janeiro.
O Dr. Manuel Ribeiro estava viúvo em 28 de dezembro de 1759. Nesta data foi ordenado sacerdote em Mariana. Está assim redigida a sua matrícula no livro de ordenando da Arquidiocese: «O Dr. Manoel Ribeiro de Carvalho nat. da Frega. da Sé da Cide. e Arcebispado de Braga, e compatriota deste Bispado, filho legitimo de Manoel Pinto Ribeiro e sua mulher D. Maria Ferreira Brabo; e foi por S. Excia. Dispensado nos Interstícios e Têmporas».

A FORMAÇÃO DO NOME “ACAIACA”

Segundo o Livro de Tombos Registrado no acervo histórico do município de Mariana – MG, o Município de Acaiaca teve diversas denominações todas com base em temas conhecido pelos populares um deles foi São Gonçalo de Ubá a história de nossa cidade se funde ao de várias outras. Segundo fontes escritas e cientificas, o Nome Acaiacá, como era chamada a cidade antigamente, vem do cedro-cetim, cedro-rosa, cedro-missioneiro ou acaiacá (Cedrela fissilis Vell., entre outros nomes científicos) é uma árvore nativa do Brasil, da família das meliáceas, e que muito abundante na região, utilizada pelos índios Botocudos e Acaiabas.
Ocorreu isto em 1711: E o governador Antônio Albuquerque, assim como os seus sucessores, D. Braz Baltazar da Silveira e D. Pedro de Almeida Conde de Assumar, apesar de ser em São Paulo a sede da Capitania, tiveram de fixar residência em ribeirão do Carmo, pois a mineração do ouro havia deslocado quase por completo o centro de interesse da Coroa Portuguesa para as Minas Gerais. Criada a vila de Albuquerque, em 1711, foi o seu nome mudado para Ribeirão do Carmo ao ser confirmada a criação pelo governo da metrópole, em 14 de abril de 1712. Pela carta régia de 23 de abril de 1745, que a elevou à categoria de cidade, passou a denominar-se Mariana, em homenagem a rainha D. Maria Ana d’Áustria. De acordo com a Lei nº 556, de 30 de agosto de 1911, estava o município composto de 13 distritos: Mariana, São Sebastião, Sumidouro, Cachoeira do Brumado, São Caetano, São Domingos, Furquim, Barra Longa, Boa Vista, Santa Rita Durão, Camargos, Passagem e São Gonçalo de Ubá (Acaiaca). Pela Lei nº 843, de 7 de setembro de 1823, foi transferido o distrito de Barra Longa para o município de Ponte Nova e mudadas as denominações dos distritos de São Sebastião, São Gonçalo de Ubá, Boa Vista e São Domingos, que passaram respectivamente a Bandeirante, Acaiaca, Cláudio Manoel e Diogo de Vasconcelos. Pelo Decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, foi criado o distrito de Mainart, com territórios desmembrados dos distritos de Mariana e Pinheiros, este do Município de Piranga; e foram suprimidos os distritos de Bandeirantes e Sumidouro, que tiveram os respectivos territórios anexados ao distrito de Mariana. Ainda pelo mesmo Decreto-lei, foram desmembradas partes de territórios dos distritos de Acaiaca e Cláudio Manoel, para o distrito de Barra Longa. Pelo Decreto-lei nº 1058, de 31 de dezembro de 1934, foi mudada para Monsenhor Horta a denominação de São Caetano. Pela lei nº 336, de 27 de dezembro de 1948, foi criado o Distrito de Bandeirantes, sendo transferida para o povoado de Sumidouro, com o nome de Padre Viegas, a sede do distrito de Mainart. A comarca foi criada, com a denominação de Comarca do Rio Piranga, pela Lei número 1 740, de 8 de outubro de 1870, sendo mudada a denominação para comarca de Mariana, pelo Decreto nº7, de 8 de janeiro de 1890. A comarca compreende atualmente em sua jurisdição o território do próprio município.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 13 distritos: Mariana, Barra Longa, Boa Vista, Cachoeira do Brumado, Camargos, Furquim, Passagem, Santa Rita Durão, São Caetano do Ribeirão Abaixo, São Domingos, São Gonçalo do Ubá, São Sebastião e Sumidouro. Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 13 distritos: Mariana, Barra Longa, Boa Vista, Cachoeira do Brumado, Camargos, Furquim, Passagem, Santa Rita Durão, São Caetano (ex-São Caetano do Ribeirão Abaixo), São Domingos, São Gonçalo do Ubá, São Sebastião e Sumidouro. Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o município de Mariana sofreu as seguintes modificações: o distrito de Barra Longa foi transferido de Mariana para o município Ponte Nova; os distritos de Boa Vista, São Domingos, São Gonçalo do Ubá e São Sebastião tiveram seus nomes mudados para Cláudio Manuel, Vasconcelos, Acaiaca e Bandeirantes, Respectivamente. Pela lei estadual nº 1048, de 25-09-1928, o distrito de Vasconcelos (ex-São Domingos) recebeu a denominação de Diogo de Vasconcelos. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 12 distritos: Mariana, Acaiaca (ex-São Gonçalo do Ubá), Bandeirante (ex-São Sebastião), Cachoeira do Brumado, Camargos, Cláudio Manuel (ex-Boa Vista), Diogo de Vasconcelos (ex-Vanconcelos (ex-São Domingos), Furquim, Passagem, Santa Rita Durão, São Caetano (ex-São Caetano do Ribeirão Abaixo) e Sumidouro.

A LENDA SOBRE O NOME “ACAIACA”

Eis que surge da densa nebulosidade, por entre a incerteza das origens, a mais formosa das lendas. É uma história de amor. Do alto do Ibitira, dominando o casario do Tijuco, erguia-se Acaiacá, árvore sagrada dos Índios Puris. Era grossa e frondosa, na protetora solidez. Segundo remota tradição, no dia em que a cortasse, a tribo pereceria. O mameluco Tomás Bueno revelou aos Perós o segredo de seus irmãos. Os brancos, impedidos havia muito de chegar até o Ibitira, não tardaram em tirar proveito da traição. Foi no dia em que uniam pelo casamento o valente guerreiro Iepipo e Cajubi, flor mimosa da tribo. No mais animado da festa, Corupela, o cacique, entrou a ouvir rumores longínquos. Desde o princípio cismado, tinha se alheado ao júbilo geral, nas bodas da filha. O pai começava a se intrigar, quando o pio do mocho o decidiu romper o silêncio. O seu grito de alarme pôs fim ao festim. No mesmo instante, um estrondo mais forte que reboou pelas serras como um trovão distante, acabou de confirmar os vagos receios. Os Perós tinham derrubado a Acaiacá. Em pouco, os índios viram a desgraça com seus próprios olhos. Jazia por terra a árvore sagrada. Não podendo conter-se, um guerreiro mais afoito fez soar um grito de guerra contra os brancos. Na discussão que se verificou, dividiram-se os bravos. Na luta destruíram-se mutuamente em medonha matança. Poucos restavam quando chegou o Pajé. Na gruta em que morava tivera aviso do acontecimento funesto. Com palavras terríveis, lançou a maldição sobre os Perós. E no fogo que alteou na Acaiacá, deixou que consumisse seu corpo cansado. Seguiu-se a mais furiosa tempestade e com a chuva e o ribombar dos trovões e ao clarão dos relâmpagos, caiam carvões estranhos, pedaços calcinados do corpo sagrado da Acaiacá. No outro dia, quando os brancos subiram ao Ibitira, só encontraram cinza e cadáveres ainda engalfinhados na luta. Dizem que o diamante, que logo começou a surgir nos serviços de ouro, eram restos da árvore sagrada, carbonizados. É difícil apurar se Joaquim Felício dos Santos recolheu a lenda em circulação, para entrecho de seu romance “Acaiacá”. De sua invenção ou já do folclore, todos a sentem hoje como criação da cultura popular tradicional.

ACAIACA – MG HISTÓRIA

Acaiaca surgiu de um povoado em 1727, pelos Bandeirantes que aqui fixaram residência em busca de Ouro e Pedras Preciosas, abundantes na região, descendo pelas margens Do Rio do Gualaxo do Sul que no perímetro da cidade se chama hoje Rio Carmo, vindo a receber o primeiro nome de Ribeirão Abaixo, nome dado pelos habitantes de Furquim, Distrito de Mariana.
De acordo com o Livro de Tombos, hoje arquivado na Câmara Municipal de Mariana – MG, “Rocha Pombo, em 1711, os Moradores da Zona do Carmo solicitaram ao Governador da Província de Minas e Rio de Janeiro, Artur de Sá e Menezes, que tomasse providência para livrar a Região dos ataques do Índios e promovera produção agrícola. Para solucionar esse Problema, o Governador enviou para esta Zona um Mestre de Campo de sua confiança, Coronel Matias da Silva Barbosa, uma espécie de engenheiro agrônomo. Este tinha como tarefa a preparação das terras para cultivo e, também, livra – lá dos índios botocudos e acaiabas, que infestavam a região, causando estragos e ocasionando a morte de muitos moradores. ”

A HISTÓRIA DO MESTRE DE CAMPO MATIAS BARBOSA DA SILVA

*Tenha por consideração que o que ocorre no texto não é erro de digitação, português, semântica ou qualquer outra regra do português, uma vez que o texto foi retirado de documentos históricos. Nota do Autor.
Como incentivo no cumprimento da missão, o Governador cedeu a Matias Barbosa vasta extensão de terras na Zona do Carmo, cujas Áreas, atualmente, são ocupadas desde a vila de Furquim, passando por Acaiaca, Barra Longa, Santana do Deserto até Dom Silvério. O coronel deveria, ainda, demarcar, abrir caminhos e promover o assentamento dos imigrantes que aqui chegavam interessados em participar do desenvolvimento da Região, sem a presença perigosa de selvagens. Matias Barbosa, a partir de 1711, foi atraindo para Furquim e Barra Longa, importantes famílias de origem portuguesa, possuidoras de bens e desejosas de se tornarem proprietárias de grandes áreas de terras. Estas teriam, também, facilidades com mão de obra escrava. O Cônego Trindade, historiador desta Zona, em Seu Livro “Genealogias da Zona do Carmo” Conta a história de vida desse desbravador, tendo sido ele segundo o seu relato, o mais rico vassalo português da Zona do Carmo e da Nascendo do Rio Doce. Abaixo um breve relato e trechos de seu testamento.

(FIDALGOS DA FAZENDA VELHA) – NOTAS SOBRE A FAZENDA DA BARRA

— O mestre-de-campo Matias Barbosa da Silva nasceu em Santa Marinha de Anais, concelho de Penda, arcebispado de Braga. Era Filho de Francisco Gomes da Silva e de D. Isabel Barbosa de Caldas. Mestre-de-campo. Coronel de cavalaria. Senhor, na zona do-Carmo (e em outros pontos da capitania) de vastos domínios, que posteriormente se desdobrariam nas fazendas do Crasto, Silveiras, Baixada, Onça, Jurumírim e Corvinas. A sede principal de todo o vasto território do abastado coronel era a fazenda da Barra, que Mawe visitou em 1809 quando já pertencia ao conde de Linhares, bisneto de Matias.
Casou, quer parecer-me que no Rio de Janeiro (*), com D Luisa de Sousa e Oliveira, a qual, por morte do coronel, convolou a novas núpcias com o dr. Manuel Ribeiro de Carvalho. Do seu casamento teve o coronel uma filha:
F — D. Maria Barbosa da Silva, nasceu no Rio de Janeiro, na freguesia da Candelária; residiu em Vila Rica e faleceu em Lisboa. Foi c. c. o sargento-mor-de-batalha Domingos Teixeira de Andrade, um dos heróis da independência de Portugal.
O citado Mawe se enganou, quando escreveu que D. Maria casara com um fidalgo da Família dos Sonsas, «she was married in Lisbon to a gentleman of lhe Family of Souza». Na Família Sousa casou-se D. Ana Luísa Joaquina Teixeira de Andrade Barbosa da Silva, filha de D. Maria (**).
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(*) Cf. Documentos, ao fim deste título.
(**) D. Maria teve duas filhas; a segunda faleceu solteira.
Filha de D. Maria e seu marido Domingos T. de Andrade.
N 1) D. Ana Luísa Joaquina Teixeira de Andrade Barbosa da Silva, c. c. Dom Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, militar e diplomata, nascido de nobre e velha estirpe. Fidalgo da casa real, governador e capitão-general de Angola. Embaixador em Madrid. Foi quem assinou por parte de Portugal o celebre tratado de Santo lldefonso. Era filho de Dom Rodrigo de Sousa Coutinho, veador da casa real e de D. Maria Antonia Monteiro Paim, da corte de D. Pedro II.

FILHOS DE D. ANA E DE D. FRANCISCO:

 

Bn 1) Dom Rodrigo Domingos Antônio de Sousa Coutinho, 1ºConde de Linhares, 1º senhor de Paialvos, ministro plenipotenciário em Turim, ministro e conselheiro de estado. Nasceu em Chaves a 3 de agosto de 1755. Casou em Turim a 4 de Março de 1789 c. D. Gabriela Ïnácia Asinari di San Marzano, da casa dos condes de San Marzano, da nobreza de Milão. O conde faleceu no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1812. Filhos :
Tn 1) Dom Vitorio Maria Francisco de Sousa Coutinho Teixeira de Andrade Barbosa da Silva, 2 conde de Linhares, 2 senhor de Paialvos. Foi c. c. D.Catarina Juliana de Sousa Holstein.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A descendência desta antiga e ilustre família continua a desenvolver-se em Portugal.
As informações sobre a descendência do fundador de Barra Longa devo-as ao marquês do Funchal, 3′ do título, bisneto do conde de Linhares e 6″ neto do coronel Matias Barbosa.

— DOCUMENTOS —

 

Trechos do testamento de Matias Barbosa:
. . . . . . . . . . . . . . . . Declaro que os bens que possuo são por maior os seguintes: uma fazenda grande na Barra dos Gualaches da Freguezia do Forquim (Barra Longa foi capela filial do Furquim ate 1741; o testamento é datado de 1′ de fevereiro de 1738), com casas nobres, engenho real, lavras, choças, e mais de duzentos escravos ou os que forem que melhor constarão dos róis das Desobrigas, ou listá da capitação.
«Um sitio que parte com a fazenda do Sargento Mor Manuel, de Crasto, do qual vendi, metade a Francisco de Abreu Lima.
«Outro sitio no Gualaxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . terras minerais na freguezia de Gorapiranga.Quatro sítios successivos e continuados no caminho novo de Goyazes e duas semarias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Na cidade do Rio de Janeiro uma morada de casas nobres, rua direita do Palácio.
«Uma morada das casas no Ouro Preto e outra na rua da Ladeira, que vem do mesmo Ouro Preto para a casa da Câmara,
«Tenho mais várias peças de ouro lavrado e diamantes.
«Tenho mais seis ou sete arrobas de prata lavrada com que me sirvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
0 testamentos foi escrito na vila do Carmo pelo Padre Manuel Pereira Batalha, «morador nesta vila do Carmo. »
Outro trecho do mesmo testamento: « (Estava o testador em dúvida sobre ser ou não ser seu filho um certo João Barbosa) ……. Que sendo meu filho o dito João Barbosa, pode ser meu herdeiro, por eu e ella sermos ambos solteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . e não ter eu ainda cargo algum que constituísse no grau de Nobreza necessária pura me serem os filhos naturais insucessiveis, pois só vivia então do algum negócio, com que andava de uma parte para outra, mas não a cavalo, porque nem o possuía, nem os havia a esse tempo em Santos e São Paulo, de sorte que por falta d’elles até o. cabos de guerra e pessoas principaes da terra todas andavam a pé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Declaro que no anno de 1720, segundo minha lembrança, veio a estas Minas meu cunhado Manuel de Sousa e Oliveira, morador no Rio de Janeiro, com uma carregação, ou lote de pretos muito magros de que me persuadiu a que lhe comprasse cinco por novecentas oitavas de oiro em que nos ajustamos, porém, passado alguns tempo, morreram dois, e por irem definhando os outros, lhos tornei a entregar, deixando de pagar os dois porque me disseram que vinham com achaque procedido de terem bebido agua salgada por falta de agua, e supposto que o dito meu cunhado queria por elles quatrocentas oitavas, nunca até o presente lh’as paguei, discorrendo que me fazia a dita venda com engano, mas pensando maduramente que como o mesmo poderia compra-los e vende-los sem lhe saber do acha que pelo que lh’os não engeitei, e dentro do tempo, mando se lhe satisfaçam, paguem ou restituam as ditas quatrocentas oitavas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Declaro que tenho somente uma filha por nome Dona Maria Barbosa da Silva, que se acha casada com o Brigadeiro Domingos Teixeira de Andrade, os quaes do Rio de Janeiro passaram para o reino e nelle vivem . . . . . . . . . . . . . . . .
D. Maria Barbosa nas Pessoas Illustres da Capitania, da autoria de Diogo de Vasconcelos (o primeiro) :
«A Exma. D. Maria Barbosa he digna da primeira consideração nestas memórias, como num dos maiores ornamentos do paiz, assim por suas distinctas qualidade de espirito, como pelo seu Exmo. Marido, pessoa nobilíssima de nossa corte e por seus Exmos Nettos empregados no Ministério Pátrio, nas Cortes Extrangeiras e nos Exércitos de S. A. R. Façamos-lhe toda a justiça; seu pai o Coronel Mathias Barbosa, sobre ter sido o Vassallo mais abastado da Capitania de Minas, foi o mais útil ao listado: prescindindo de outros serviços, de sobejo he lembrar o que fês alem do Rio de São Francisco na Conquista do Sertão do Campo Grande, que deparou a de toda a Capitania de Goiaz.»
(Na Rev. do Arch. Publ. Mineiro- 1896—pag. 449).

UM EQUÍVOCO DE MAWE

O cientista inglês John Mawe, a convite do conde de Linhares, visitou as fazendas do Crasto e da Barra em setembro de 1809. A descrição dessa jornada consagra ele quase todo o cap. XI do seu interessantíssimo e já raro traveis in the inferior of Brazil. Com cores tão vivas e traços tão reais desenha os panoramas que a naturesa lhe oferece a vista e descreve os sitios por onde transita e as pessoas com quem trata; com tal arte desdobra o roteiro a que obedeceu, que o leitor chega a ponto de acreditar-se consigo mesmo que é da comitiva do viajante ilustre.
Quando, porém, se põe ele a discorrer sobre as fazendas que foi visitar, arma uma confusão tal que desorienta de todo o leitor familiarizado com as estradas, com os sítios e casais, e com a geografia, em suma, da região por ele percorrida. Ora desfigura topónimos, o que talvez se excuse ao inglês que,como é sabido, faz questão patriótica de estropiar a língua dos outros; ora, troca-os atribuindo a A o que compete a B. Ali se encontra por exemplo, um San Giatanha, que ninguém, a não ser natural da região, traduziria para São Caetano, a velha e nobre freguesia de São Caetano na comarca de Mariana.
A confusão, no entanto, a que quero referir-me, a maior e que estraga: bastante o seu capitulo, é a que ele estabelece entre as fazendas da Barra e do Crasto, lugares a que exclusivamente se destinava em sua excursão. Consiste o erro em chamar Barra (ele escreve Barro) ao Crasto (Castro, diz ele), e, vice .versa, em dar a esta a denominação que pertence àquela.
Quem, como Mawe, de Vila Rica viaja para Barra Longa—obe-decendo ao roteiro traçado no seu livro, isto é, pelas margens do Carmo-tem que inevitavelmente bater às portas do Crasto, antes de atingir a fazenda da Barra, sete milhas além, levantada, como aquela, às margens^o Rio Carmo, ou São Josè, como lhe chama o sábio ex-cursionista britânico.
O arraial (hoje cidade) sede da antiga paróquia de Barra Longa, que Mawe igualmente visitou, assenta-se dous a três kilometros abaixo da fazenda que lhe deve o nome — a fazenda da Barra, ou dos Fidalgos,na outra margem do mesmo Carmo.
Assentado o que acabo de expor, o equivoco se desfaz sem dificuldade. Basta que o leitor ponha Barra onde em Traveis in the etc. se lê Castro, e Crasto onde o autor põe Barro.
A passagem de Traveis, onde começa a confusão, que se vai reproduzindo por todo o capitulo citado, está assim redigida : «Descido o monte, entramos nos domínios de sua Sua Excelência, a fazenda da Barra; apontaram-nos a casa, distante talvez uma légua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Depois da permanência de alguns dias na Barra, dirigimo-nos ao Crasto, sete milhas adeante . . . . . . . . . . . . . . . .
«O nobre solar, erguido pelo seu primeiro possuidor, o senhor Matias Barbosa, é vasto, varrido de bons ares e ornado de uma extensa varanda, para a qual se abrem quatorze rasgadas janelas, que iluminam, dentro, igual número de quartos. Está situado junto à confluência dos rios Carmo e Gualacho, que ali se fundem para formar o São José, rio tão largo, quanto o Tamisa em Batersea.
«Não nos detivemos aí senão uma hora, porque pretendíamos visitar ainda o arraial de São José da Barra Longa, quatro milhas abaixo, nos limites do território habitado pelo gentio botocudo (*).»
Nem o Crasto está junto à.confluência mencionada, nem há apenas quatro milhas, senão dez ou doze, entre Barra Longa e São João do Crasto.
Das varandas da fazenda da Barra, sim, via-se (já se não vê,porque um bárbaro poz abaixo essa velha construção, para mudá-la de lugar) a cem metros, se tanto, a barra dos dous rios; daquelas mesmas varandas ouviam-se, a acordarem vagas e misteriosas saudades, as Ave-Marias, tangidas no vetusto campanário da matriz de São José da Barra Longa.

A LENDA DE ACAIACÁ – SEGUNDO LENDA FOLCLÓRICA.

Em alguns lugares esta lenda se confunde a Lenda do Boitatá
Diz a lenda que, há muito tempo atrás, em beira a um rio próximo ao Tijuco uma enorme arvores brotava entre uma margem e outra do rio, as águas que passavam por meio ao tronco servia de barragem provendo meios de subsistência aos índios que ali viviam, havia entre eles a profecia de que se algo ocorresse com a arvores, toda a tribo pereceria. A muito tempo os colonizadores que desejavam por aquela gleba de terra, mas por ser uma área de difícil acesso e com a arvore provia uma defesa natural para os índios, estes encontravam dificuldade em fazer uma incursão para tomada do lugar. Eis que dentre a tribo vivia um mameluco que revelou aos Colonos o segredo de seus irmãos. Os brancos, impedidos havia muito tempo de chegar até a aldeia, não tardaram em tirar proveito da traição. Foi no dia em que uniam pelo casamento o valente guerreiro, e a filha do Cacique. No mais animado da festa, o cacique, entrou a ouvir rumores longínquos. Desde o princípio cismado, tinha se alheado ao júbilo geral, nas bodas da filha. O pai começava a se intrigar, quando o pio do mocho o decidiu romper o silêncio. O seu grito de alarme pôs fim ao festim. No mesmo instante, um estrondo mais forte que reboou pelas serras como um trovão distante, acabou de confirmar os vagos receios. Os colonos tinham derrubado a Acaiacá, uma noite se prorrogou muito parecendo que nunca mais haveria luz do dia. Era uma noite muito escura, sem estrelas, sem vento, e sem barulho algum dos bichos da floresta, era um grande silêncio. Uma Luta arrasou com toda a tribo, e também vários colonos, os que sobreviveram retornaram para a vila, mas naquela mesma noite vi – se uma luz braça com labaredas tais como fogo, rondando o alto, bem no local onde havia a Acaiacá, temerosos ninguém atreveu – se a ver o que ocorria em meio àquela mata, no dia seguinte os capitães do mato e os colonos foram para recolher os corpos, mas nada foi encontrado, todos os corpos tanto dos colonos como da tribo sumiu como se nunca havia existido.
Naquela noite, uma grande chuva, com trovões e relâmpagos pode ser vista de todas as fazendas e casas, o rio transbordou todos juram ter visto uma enorme cobra translucida com vários pares de olhos em seu interior, à esta, deram o nome de Boitatá, segundo os índios é uma cobra envolta em fogo que se alimenta dos olhos de bichos e pessoas mortas. Desde aquela noite na extensão do rio pode se encontrar não somente ouro, mas grande quantidade de Diamantes, que sempre eram encontradas em pares, seja pelo mesmo garimpeiro ou uma por um e a segunda por outro.

A História

Origem do Nome – Acaiaca

Entre Historiadores e dicionários, a etimologia é divergente. Consigna ser Acaiacá, madeira de lei, o cedro brasileiro. Outros afirmam que Acaiaca é sinônimo de aruaque, tribo indígena que habitava a margem direita do Rio Içana, no Amazonas.
Na verdade, Acaiaca era o nome da pequena estação ferroviária, construída em 1952, quando foi implantada a estrada de ferro da Zona do Carmo.
A Lenda

Perto do Arraial de Tejuco (hoje, cidade de Diamantina), vivia uma tribo indígena.
Nas terras desta tribo, havia um belo e frondoso cedro, que os índios, na sua língua, chamavam de “ACAIACÁ”.
Os índios contavam que, no começo do mundo, o Rio Jequitinhonha e seus afluentes encheram tanto que transbordaram, inundando toda a terra.
Todos os índios morreram, com exceção de um casal que escapou subindo na ACAIACÁ. Quando as águas baixaram, eles desceram e novamente povoaram a terra.
Por isso, os índios tinham veneração pela ACAIACÁ. Acreditavam que se ela desaparecesse, a tribo também desapareceria.
Os brancos do Tejuco conheciam essa lenda e, como viviam em luta com os índios, esperavam uma oportunidade para derrubar a árvore sagrada.
Num dia de festa na tribo, enquanto os índios se embebedavam, os tejuquenses derrubaram a ACAIACÁ a golpes de machado.
Quando os índios viram por terra a árvore, ficaram aterrorizados, achando que seu fim estava próximo. E, de fato, isto aconteceu.
Pouco depois da morte da ACAIACÁ, surgiu grande desavença na tribo e, na tremenda luta durou a noite toda, todos os índios morreram. Nessa noite fatal, uma horrível tempestade caiu sobre a terra, arrancando árvores, rochedos e casas.
No dia seguinte, os tejuquenses, assombrados, não encontraram nenhum sinal da ACAIACÁ. Ela havia desaparecido.
Dizem que a partir dessa noite os garimpeiros começaram a encontrar pedrinhas (diamantes), que surgiram do carvão e das cinzas daquela árvore sagrada.

HINO DE ACAIACA – Pe. José Raimundo Vidigal

Refrão:
Árvore frondosa, te saudamos.
Acaiaca, terra benfazeja.
A tua sombra irmanados cantamos:
São Gonçalo te ampare e proteja!

Teu luar as serestas inspiram.
No Rio Carmo ouro fino escondes.
Terra boa, ao suor do operário
Com mil flores e frutos respondes.

Foste amada por padre Simim,
Que a saudosa matriz se levantou.
Nas escolas o Professor Martins
Os teus filhos com zelo educaram.

O progresso te fez mais vibrante,
Tens à frente um futuro glorioso.
O teu povo tem coração de ouro.
É atento, leal, generoso.

Obs: Este hino foi criado para o I Encontro dos Acaiaquenses Ausentes.